O ano de 2010 ficou marcado por animações de altíssima qualidade. Passando desde o ritmo ágil, divertido e pop de Megamente, pelo primor visual de Como treinar o seu dragão, até o maravilhoso Toy Story 3, filme que desde sua primeira exibição já era considerado um clássico instantâneo pelo público e pela crítica.
E, com a estréia de Enrolados em janeiro, 2011 parece ter começado com o pé direito.
Flynn Ryder (Zachary Levi) é o bandido mais procurado e sedutor do reino. Um dia, em plena fuga, ele se esconde em uma torre. Lá conhece Rapunzel (Mandy Moore), uma jovem prestes a completar 18 anos que tem um enorme cabelo dourado, de 21 metros de comprimento. Rapunzel deseja deixar seu confinamento na torre para ver as luzes que sempre surgem no dia de seu aniversário. Para tanto, faz um acordo com Flynn. Ele a ajuda a fugir e ela lhe devolve a valiosa tiara que tinha roubado. Só que a mamãe Gothel (Donna Murphy), que manteve Rapunzel na torre durante toda a sua vida, não quer que ela deixe o local de jeito nenhum.
O longa retoma a conhecida fórmula de filme de princesa da Disney, mas com o carisma do casal protagonista, personagens como o cavalo policial, um visual belíssimo e a envolvente trilha sonora – a versão original é muito melhor, mas as músicas dubladas não chegam a irritar os ouvidos -, Enrolados certamente agrada o público por conseguir equilibrar aventura, humor e romance na medida certa para não perder de vista o público infantil e ao mesmo tempo cativar os adultos.
O maior destaque vai definitivamente para o aspecto visual. Além do traço do desenho ser extremamente bonito ao combinar o estilo das animações antigas à alta definição e riqueza de detalhes proporcionada pela tecnologia atual, a direção demonstra sabedoria e habilidade ao enquadrar os enormes cabelos da protagonista. Livres, eles voam, deslizam, e preenchem a tela com inventividade e harmonia.
O maior destaque vai definitivamente para o aspecto visual. Além do traço do desenho ser extremamente bonito ao combinar o estilo das animações antigas à alta definição e riqueza de detalhes proporcionada pela tecnologia atual, a direção demonstra sabedoria e habilidade ao enquadrar os enormes cabelos da protagonista. Livres, eles voam, deslizam, e preenchem a tela com inventividade e harmonia.
Aplausos para a belíssima cena de Rapunzel e Flynn no barco, iluminados por dezenas de lâmpadas que o cercam. É o momento mais poético e tocante de todo o filme.
O ponto negativo fica para a dublagem brasileira por ter tido a estupidez de colocar Luciano Huck para dublar Flynn. O apresentador simplesmente não convence como galã e sua voz me irritou o tempo todo. Apesar de não prejudicar o filme, é um pecado escolherem alguém somente com o intuito de aumentar a publicidade, quando existem profissionais do ramo que fariam um trabalho muito melhor.
Enrolados traz leveza e diversão sem precisar ser bobo. É uma história simples - não tem a pretensão de atingir a profundidade dramática de, por exemplo, Toy story 3 - que por ser muito bem escrita e conduzida, atinge seu objetivo e encanta.
I see the light - indicada ao Oscar de canção original - e Something That I Want - música dos créditos - são as melhores músicas e, especialmente a última, não saem da cabeça após a sessão.
Por: Fernando Ananias
Muito bom! Gostei dessa página, espro que continue assim, e contem comigo para divulgar o blog e o filme também. Eu nem pretendia assistir, mas lendo agora essa "apresentação" eu vou ver.
ResponderExcluirEu adorei o filme. Um roteiro leve e bem desenvolvido, com personagens cativantes. Fala sério, quem teve a ideia de um cavalo-cão policial marece um prêmio. Impossível não rir!
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