A música brasileira é algo dificilmente de ser definida, são
tantos ritmos que é complicado de caracterizar o gosto do povo brasileiro. Nos
primeiros séculos do país, as terras brasileiras eram cheias de música
clássica, ópera nacionais e que preservavam o nosso folclore. A música erudita
prevaleceu aqui por muito tempo até que as primeiras pontas das modinhas
começaram a aparecer pelas ruas, mas não significa que o clássico foi apagado.
Por mais que novos ritmos fossem surgindo, nenhum outro mais antigo foi deixado
para trás e por isso o Brasil é um balaio de sons e ritmos. A modinha e o choro
tiveram especial destaque na música brasileira e até hoje são apreciados, mesmo
que não se encontrem mais artistas.
Os africanos possuíam um ritmo chamado de umbigada, esse que
nos meados do século XIX influenciou o surgimento do samba. Ao longo do tempo
ele foi influenciado por outros ritmos e pertencia mais às camadas mais
populares da sociedade brasileira. Além do samba temos outros ritmos que com
total certeza são marcas de nossa brasilidade como MPB, que traz um som moderno
e as canções são carregadas de poesia e arte, e a Bossa Nova, uma combinação
magnífica de samba e jazz.
A MPB além de ser bastante cult também veio para
revolucionar, muitas canções traziam entre as letras críticas à sociedade,
Tropicália é o melhor exemplo para isso. Para acrescentar nessa mistura de sons
temos ainda a música romântica, como a do rei Roberto Carlos, e o brega, que
hoje é visto como cafona por muitos jovens.
Os anos 80 aqui no Brasil também foram os melhores com o
surgimento do BRock, isto é, rock brasileiro como Paralamas do Sucesso, Titãs e
Blitz. O rock brasileiro com certeza não pode ser comparado ao rock
internacional da época e atual, pois é claramente perceptível a diferença entre
os dois. Bandas como Legião Urbana, Ultraje a Rigor e Capital Inicial possuem
um som muito mais limpo e solto do que bandas de rock n’ roll. No fim da década
ascende mais gêneros populares como o sertanejo (no Centro-Oeste), axé (Bahia)
e pagode. Em 90 os jovens do sudeste enlouqueciam com o funk e o hip-hop.
Também temos o forró, o baião, o reggae, lambada, calipso,
carimbo, música folclórica e muito mais. Mas como é de praxe eu reservei um
espaço para algumas bandas de pop e rock para completar essa postagem.
Agridoce: ou Agri
e Doce é o projeto paralelo da cantora Pitty com Martin Mendonça, Duda Machado,
Joe e Peu Sousa criado em 2010. A banda é maravilhosa, possui um estilo folk
muito maduro. A Pitty deixa de lado o seu lado rockeiro para se jogar nessa
proposta incrível de música. Agridoce traz nas músicas justamente o que é:
doce, porém pouco leve para se guardar no coração. As canções são carregadas de
simplicidade e dureza, com mensagens profundas e inteligentes. Algumas das
ótimas canções são Alvorada, O Porto e 20 Passos.
Capital Inicial: Hoje formada por 4 integrantes: Dinho Ouro Preto; Flávio Lemos; Fê Lemos e Yves Passarell, a banda surgiu em 1982 em Brasília, Distrito Federal. O grupo logo no inicio da carreira já viajavam pelo país fazendo seus shows de rock. 12 discos já foram lançados e a banda atualmente se localiza em São Paulo. Entre 1996 a 2002 a banda desapareceu um pouco da mídia, Rosas e Vinho Tinto foi lançado em 2002, quatro anos depois do disco anterior. Entre seus hits temos Independência, Cai a Noite e Eu Nunca Disse Adeus,
Detonautas Roque
Clube: ou só Detonautas é uma banda de rock de várias vertentes
(alternativo, hardcore melódico, punk rock, hard rock, etc.) e surgiu no Rio de
Janeiro em 1997. O Detonautas é visto como um grupo voltado muito para as
questões político-sociais brasileiras, suas canções trazem um pouco essa marca.
A banda começou por uma conversa por internet e a partir daí segue até hoje em
ativa, mas atualmente o grupo raramente está sob os holofotes. 4 discos de
estúdio e um em produção, com cinco premiações, Detonautas tem Que Diferença
Faz, Quando o Sol se For, Você Me Faz Tão Bem estão entre suas canções mais
ouvidas
CPM 22: Badauí, Japinha, Luciano e Heitor
Gomes são os integrantes da banda de hardcore melódico paulista. O nome da
banda surgiu de uma pura coincidência, o grupo se chamava CPM em 1995, ano de
criação, e criou dois anos depois a caixa postal 1022 (mil e vinte dois) daí eles ligaram uma coisa a outra e
acrescentaram o 22 ao nome da banda: CPM 22 (Caixa Postal Mil e Vinte e Dois).
Na verdade alguns dizem que essa versão é furada. Com dezesseis anos CPM 22
possui 6 discos de estúdio, 1 álbum ao vivo, 2 demos e muitos compactos e entre
seus hits podemos ouvir Tarde de Outubro, Um Minuto Para o Fim do Mundo e Além
de Nós.
Titãs: Formada
por Branco Mello, Paulo Miklos, Sérgio Britto e Tony Belotto, a banda formou-se
em 1981 e existe até hoje, porém não com todos os integrantes do inicio. A
banda de rock também variou para o punk-rock e para o alternativo e surgiu em
São Paulo, os famosos Arnaldo Antunes e Nando Reis já foram grandes titãs. Com
9 integrantes inicialmente o grupo se apresentavam como Titãs do Iê-Iê e o
primeiro disco tinha título homônimo e emplacou o sucesso Sonífera Ilha. Os Titãs
estão enraizados na música brasileira e imortalizados pelos fãs, atravessando
várias gerações o grupo ainda mostra muita disposição e potência. Até então
podemos encontrar vinte discos dos poderosos, e ouvir os grandes sucessos como
Família, Enquanto Houver Sol, Homem Primata e Epitáfio. 5 Troféus Imprensa, 6
Prêmios Bizz, 4 Prêmios Multishow, 4 VMB, Prêmio Tim de Música e Grammy Latino
são os prêmios que a consagrada banda já recebeu.
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