Graciliano Ramos publicou
essa obra em 1934 e a primeira obra que li dele foi Vidas Secas,
publicada anos depois. Confesso que me surpreendi com a leitura da
obra, pois me parecia que São Bernardo fosse mais novo do que Vidas
Secas pela linguagem mais fácil e leve.
Graciliano narra a
história como Paulo Honório, um homem depois de seus cinquenta anos
decide escrever um livro contando a sua história na fazenda chamada
São Bernardo. Paulo inicia livro falando rapidamente de sua vida
quando jovem e suas relações com o amigo Padilha, que devia muito a
muitos. O homem, que vivia a adiar suas dívidas, também devia a
Paulo e se recusava a vender a sua fazenda para pagar pelo menos uma
parte do que lhe cobravam, até que por grande insistência vende por
quase metade do que queria a sua fazendo ao amigo.
A partir daí Paulo vai
introduzindo grande parte dos personagens, pessoas que cuidaram dele,
amigos dos periódicos, empregados da fazenda, pessoas da cidade de
Viçosa e seu vizinho Mendonça, que vivia de olho nas terras de
Paulo, sempre arranjando um jeito de pegar um pedacinho delas. Aos
poucos Paulo vai mostrando suas frustrações e desejos, faz a
fazenda crescer como nunca e apresenta o cenário político da época.
O protagonista é uma pessoa que podemos chamar de orgulhosa e
avarenta, também é um pouco sangue-quente e cabeça-dura, suas
características aparecerão ao longo do livro claramente.
Para mim, assim como para
muitos leitores, a história de Paulo Honório fica mais interessante
quando ele sente vontade de arranjar uma mulher e surge na sua vida a
professora simples Madalena, que mudará sua vida e o fará sentir
coisas que não esperava ao ver quão diferente essa mulher é.
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