8h31. E lá estavam as duas, imponentes, donas da Big Apple,
penetrando as visões de todos os nova yorkinos e quem mais estivesse, por ali,
passando. As duas maravilhas do mundo criadas pelo homem, o centro das
finanças, o centro do mundo, The Word Trade Center.
8h35. Nossos protagonistas entram no Windows on the World.
Carthew Yorston e seus pestinhas David e Jerry já entram fazendo bagunça, isso
que dá quando se leva os filhos para passear em vez de deixá-los na escola. Ali
também se encontram seus companheiros, que se tornarão tão íntimos, a
garçonete, o casal misterioso de corretores, yuppies, japoneses, pessoas de
todo o mundo.
08h46. 10 minutos depois. Realmente a morte não tem hora nem
aviso prévio. “Look Dad. You see the plane?”. Num instante todos se viram para
as janelas, as bocas se abrem, os olhos se arregalam e a tudo parece vivar um
filme de suspense. Uma grande coisa branca voa direto para a torre 1. “Esta
voando baixo demais, esse babaca”. Um choque estrondoso, vidros voando para
todo lado, o 1º Boeing 767 da American Airlines finalmente atinge seu alvo.
Windows on the Crash.
08h56. O autor Frédéric Beigbeder faz um paralelo com sua
história. Enquanto narra os supostos acontecimentos do Windows on the World,
ele fala de sua relação com o atentado, as comparações com a França, como na
Torre Montparnasse, e o que fazia enquanto todo o desastre acontecia. Beigbeder
é um grande irônico e é assim que tece sua história, uma trama fictícia
enraizada na dura não-ficção, difícil de descer e de dar nos nervos do leitor
por não poder fazer nada. O ego ferido foi o dos americanos, mas todos se
lembram daquele dia, não importa em que lugar estivesse.
09h03. O segundo disparo, mais um impacto. O 2º Boeing
atinge a 2 torre. O desespero toma conta de todos, aqueles que têm fé, oram, e
os que não têm acompanham a oração. A esperança já definha e a morte parece ser
a única saída. Uma imagem horrenda, chuva de corpos, um desastre social e
psicológico.
09h11. Frédéric não só partilha a narração dessa frustrante
história quanto permite os garotos David e Jerry fazerem sua participação. Cada
um tem seu momento para contar a própria visão sobre o acontecimento.
Misturando humor e franqueza a agonia e o passar dos minutos
no restaurante mais alto dos Estados Unidos enche o leitor de raiva, impotência
e adrenalina. Um romance que não foi feito para ter final feliz, mas colocar
todos no lugar daqueles que morreram, dá a todos pelo menor um pingo da dor que
os americanos sentiram nesse dia simbólico.
Emergência. 911. 9+1+1. 1+1. 2 torres. II.
11 de Setembro.
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