Dentro de uma
igreja de Kiruna se encontra algo, um corpo sobre o altar, de um líder querido,
um pastor chamado Viktor, que já havia morrido antes. A morte desencadeia um
enigma repleto de sobrenaturalismo e uma jovem, anos antes envolvida com essa
igreja, além de nascida em Kiruna e que se mudara para Estocolmo largando tudo,
se vê obrigada a voltar. Rebecka Maritson, funcionária de um escritório de advocacia
e sobrecarregada, pega o rumo da Suécia ao receber a ligação urgente da irmã de
Viktor, Sanna, e, ao chegar lá, descobre que ela foi presa sob a acusação do
assassinato brutal de seu irmão, um dos fundadores daquela igreja.
Sanna tem duas
pequenas filhas e Rebecka será encarregada de cuidar delas ao mesmo tempo que
tenta descobrir provas que inocentem a mãe delas, num mistério que trilhado
pela religião, pela política e a ganância humana, enquanto luta contra seu próprio
passado secreto e sofrido. A polícia de Kiruna é a encarregada em investigar o
assassinato, porém os moradores da cidade, fanáticos pela religião e
estritamente orientados pelos pastores locais, não ajudam os polícias a
desvendar o misterioso assassino que arrancou os olhos e as mãos do pastor
Viktor, e que agora está atrás de Rebecka.
Aurora Boreal,
Solstorm em sueco, apesar de ser um romance policial, não tem aquela linguagem direta
e técnica, e o mais interessante da obra não está no caso do assassinato em si,
mas na história de Rebecka, seu passado, seus medos e angústias, e como ela conseguiu
mudar sua própria vida, largando tudo o que lhe fazia mal.
Asa Larsson,
que não é parente de Stieg Larsson, nasceu na Suécia, exatamente em Kiruna, e
seus livros, por coincidência, seguem o estilo romance policial de Stieg, mas
suas obras são muito particulares, por não seguir a mesma linguagem que
conhecemos desse tipo de romance. Seus livros são um sucesso, apesar de
demorarem “séculos” para chegar ao Brasil, e ganhou, por esse seu primeiro
livro, o prêmio sueco de melhor romance policial.
Walter Pereira
Revisão: 29/03/2016
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